A Camilo Castelo Branco
Passou, meu Deus, foi um sonho
De que é doce o despertar,
As negras, feias visões,
Já nem me quero lembrar,
Tornei a achar o remanso
Do meu tão doce sonhar…
Volto quase à paz serena
Dos meus dias infantis;
O meu anjo me segreda
Mistério… que não se diz,
Vejo o futuro coroado
Pela esperança a que me afiz.
É muito para a minh’alma:
Importa da vida o céu:
Sobre os falsos dons do mundo
Lançarei cerrado véu.
Das ambições a mais nobre
É chamar-te um dia meu.
Ana Augusta Plácido
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