Primavera

Primavera
Primavera de Botticelli (imagem da Google)

ADÁGIO


Tão curta a vida e tão comprido o tempo!...
Feliz quem o não sente.
Quem respira tão fundo
O ar do mundo,
Que vive em cada instante eternamente.

Miguel Torga































domingo, 14 de fevereiro de 2010

Homenagem a Agostinho da Silva

Acho graça às homenagens
Que me prestam,
Excelente sinal de ilusões
que a eles restam

sou tão humano quanto os outros,
com qualidades e defeitos
e mais as manhas que se escondem
em seus peitos;

se a hora mo facilita
já resplendo,
mas, se estreita é a passagem,
me defendo

audácia nunca me falta,
com ela ataco
mas também já tenho dado
parte de fraco;

só pura sorte me tem levado
ao melhor de mim,
nem sempre os meios de que me sirvo
valem o fim;

sinto que os êxitos são o que tinha
de acontecer,
comigo ou outro tudo seria
igual vencer;

mas sempre é isto o que sucede
com toda a gente,
de baços astros rolando vagos
luz aparente;

de nós nada mais deixamos
que vãs memórias,
só Deus é grande, só Deus é santo
e o demais histórias.


Agostinho da Silva

Ontem à noite, no CLP, simplesmente aconteceu Poesia!

Obrigado Ivo!

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto do teu blogue. Poesia, música e cinema referenciados com o teu bom gosto. Delicioso o poema de Agostinho da Silva de quem ando a ler uma entrevista publicada em livro. Passarei mais vezes, porque tanto tu, como o blogue, merecem... F.