Acho graça às homenagens
Que me prestam,
Excelente sinal de ilusões
que a eles restam
sou tão humano quanto os outros,
com qualidades e defeitos
e mais as manhas que se escondem
em seus peitos;
se a hora mo facilita
já resplendo,
mas, se estreita é a passagem,
me defendo
audácia nunca me falta,
com ela ataco
mas também já tenho dado
parte de fraco;
só pura sorte me tem levado
ao melhor de mim,
nem sempre os meios de que me sirvo
valem o fim;
sinto que os êxitos são o que tinha
de acontecer,
comigo ou outro tudo seria
igual vencer;
mas sempre é isto o que sucede
com toda a gente,
de baços astros rolando vagos
luz aparente;
de nós nada mais deixamos
que vãs memórias,
só Deus é grande, só Deus é santo
e o demais histórias.
Agostinho da Silva
Ontem à noite, no CLP, simplesmente aconteceu Poesia!
Obrigado Ivo!
1 comentário:
Gosto do teu blogue. Poesia, música e cinema referenciados com o teu bom gosto. Delicioso o poema de Agostinho da Silva de quem ando a ler uma entrevista publicada em livro. Passarei mais vezes, porque tanto tu, como o blogue, merecem... F.
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