Ao contrário da casa portuguesa cantada por Amália Rodrigues, a de Raul Lino é uma casa soberba. Quando se tem oportunidade de contactar com o seu legado, saltam à vista a qualidade do desenho, recheado de motivos portugueses e a integração com o meio circundante. Com Raul Lino é possível conceber uma “Arquitectura Portuguesa”.
Raul Lino entendia que a estética era um elemento essencial, mesmo nas casas mais modestas e de construção mais económica.
O resultado é equilibrado entre a estética e a funcionalidade, a criatividade, a atenção dada aos pormenores e a utilidade, os materiais tradicionais e as comodidades actuais. E é sempre uma arquitectura brilhante.
António Quadros chamou-lhe o último arquitecto português. Seria bom que não, e que o génio fizesse escola, porque se o país pretender qualificar melhor o seu espaço, precisa de acabar com a “arquitectura do mamarracho". Vejamos por exemplo a construção tradicional preservada e estimulada por essa Europa desenvolvida e vejamos os debates que hoje envolvem temas como a qualificação de quem assina um projecto (em http://www.arquitectos.pt/index.htm).
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